segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Carnaval - São Bernardo - o destaque 2011

Neste ano, a escola de samba Tom Maior homenageará o município de São Bernardo do Campo!
Estou orgulhosa, afinal sou cidadã desta terra desde 2005. Por este motivo, preparei um texto que conta a história desta unidade territorial do meus país. Este texto me auxiliou no preparo das minhas aulas nesta semana e me ajudou a compreender algumas características desta localidade que tanto estimo.


No dia 3 de dezembro de 1530, Martim Afonso de Souza recebeu da corte portuguesa a incumbência de realizar a primeira expedição colonizadora ao Brasil. O grupo dedicado para cumprir a tarefa, contava com 400 homens que desembarcaram nas terras do atual município de São Vicente, no dia 30 de abril de 1531.

Quando chegou, Martim Afonso de Souza encontrou João Ramalho  , um português aventureiro que desde 1512, navegava, procurando a sonhada Ilha do Paraíso no Brasil. Porém, a embarcação de Ramalho naufragou na costa da atual São Vicente em 1531. Portanto, quando Martim Afonso chegou a seu destino, encontrou um conterrâneo já familiarizado com os índios.

João Ramalho casou-se com a índia Bartira, filha do cacique Tibiriçá. Essa união lhe rendeu muito prestígio entre os índios e enorme facilidade para intermediar todo tipo de negociação entre portugueses e índios, sempre favorecendo os interesses da corte portuguesa que levava das terras brasileiras quantidades exorbitantes de pau-brasil em troca de quinquilharias, como espelhos, facas, pedaços de pano, etc.

Os portugueses chegavam cada vez em maior número, muitos se envolviam com as índias que engravidavam. Índios, portugueses e mamelucos começaram a se aglomerar ao redor da taba do cacique Tibiriçá, originado uma vila.

Em abril de 1553, a vila recebeu o nome de Vila de Santo André da Borda do Campo e, João Ramalho foi nomeado Alcaide (cargo semelhante ao de prefeito). Em 1560 a Vila passa a ser constantemente atacada pelos índios Carijós. Então o governador geral, Mem de Sá, declara extinta a Vila de Santo André e ordena a fundação da Vila de São Paulo de Piratininga nas imediações do Colégio São Paulo. João Ramalho é nomeado, Capitão-Mor.

Da primeira Vila criada por João Ramalho, nasceu a Vila de São Paulo, o que justifica o lema do brasão na bandeira do são bernardense ou batateiro, para os íntimos "Paulistarum Terra Mater" (Terra-Mãe dos Paulistas).
As terras que hoje conhecemos por São Bernardo do Campo, passaram a ser habitadas por detentores de sesmarias, como por exemplo, os monges Beneditinos que passaram a desenvolver a agricultura, principalmente o cultivo de batatas, na Fazenda São Bernardo.

Novo povoado passa a surgir nas imediações da Fazendo São Bernardo. Mas, a oficialização não poderia ser realizada porque esse povoado avançou tanto em crescimento ao ponto de se estender às terras particulares dos Beneditinos. A saída foi transferir o povoado para outro trecho do velho Caminho do Mar, onde atualmente encontra-se a Igreja Matriz do nosso município (Marechal Deodoro).

Em 1877, o território contava com 15 pequenas vilas que, posteriormente, deram origem aos atuais bairros de São Bernardo do Campo. Essas vilas receberam os imigrantes que chegavam ao Brasil.

O crescimento intensifica o plantio. Matas são derrubadas, ruas, estradas, casas e novas vilas são construídas. Surgem as serrarias que justificam a tradição moveleira de nossa região e que, já indicavam a tendência industrial do município.
A total emancipação política e administrativa ocorreu em 1944.


      

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Crise

Crise: estado de manifestação aguda ou agravamento de doença física, mental ou emocional; manifestação repentina de um sentimento. (Houaiss – língua portuguesa).

Sinto que vivo um momento de crise pessoal!
Questionamentos, dúvidas, anseios, desejos e sonhos adormecidos, inquietam-me nas últimas semanas com insistência irritante e responsável pela alteração no meu humor e paciência. Porém, esse incômodo é acalentado pela certeza de que toda crise nos faz renascer.
Já adquiri novo ímpeto algumas vezes durante esses 33 anos, isso porque, em determinados momentos desta minha curta existência, alguns aspectos da minha vida deixaram de estar em perfeito equilíbrio. Algo foi capaz de tirar minha tranquilidade e inquietar minha alma, da mesma maneira que acontece agora.
Porém, foi nestas ocasiões que busquei freneticamente a antiga “perfeição”. Superei a crise e renasci.
A fase crítica que vivo agora acontece por conta da ânsia incontrolável de retomar minha formação acadêmica e me envolver intensamente com a profissão que escolhi.
Aqueles que me conhecem intimamente ou que acompanham este blog, perguntarão o que está acontecendo se a meses atrás, dividia com todos a satisfação e a realização imensa de ser “apenas” mãe? Não sei!
Talvez seja a natural necessidade humana de sempre buscar algo novo quando certas conquistas já satisfizeram bastante o ser.
Engravidei, gerei, amamentei e vi meu filho aprender a andar, falar, deixar as fraldas, superar os primeiros dias de aula, viajar sozinho e agora passo a me acostumar com o fato de que ele é uma pessoinha com opiniões e desejos próprios e que não sou mais o centro de suas atenções. Já minha pequena princesa, acabou de deixar as fraldas. Mas, já sei o que virá e, quando ela, também, estiver prestes a completar doze anos, não desejará mais meus beijos e abraços em público e minha companhia agradará infinitamente menos do que a de suas amigas.
Resumindo: precisará de minha presença constante tanto quanto meu filho precisa hoje. Quase nada!
Considero que esse seja o motivo que me leva a desejar ardentemente o retorno ao trabalho fora do ambiente doméstico.
Porém, meu querer não é compreendido por quem deveria estar ao meu lado de maneira incondicional, percebendo e aceitando que o importante não é o fato das semelhanças, anseios e sonhos combinarem, mas as diferenças serem superadas em nome da satisfação e do brilho nos olhos do outro.
O belo de uma união é um perceber e entender que as necessidades, emoções, motivos, buscas e satisfações do outro são diferentes, mas não menos importantes.
Parece-me, neste momento da minha caminhada, que o estopim desta crise resume-se ao julgar, sem notar, perceber ou sentir.
Mais uma vez aprendo: Quanto menos julgarmos e buscarmos compreender, melhor!