Ontem, 15 de março de 2011, fui acalmar a barulhenta saudade que se instalará no meu coração, desde que conclui o curso de Pedagogia na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) em junho de 2008. Desde então, desejo fazer uma visita aos mestres que foram importantes para mim durante minha caminhada na UMESP.
O desejo de retornar ao campus da Faculdade de Educação e Letras ficou, até ontem à noite, apenas na pretensão. Porém o convite enviado em minha caixa de e-mail para participar de uma noite de palestras, me deixou tão empolgada que a vontade cedeu espaço para a concretização. Fui!
Cheguei à Universidade com o coração feliz e satisfeito por estar, novamente, no ambiente que lhe acolhe e sana seus anseios! Estava imensamente ansiosa para rever alguns professores e, ainda mais animada com a possibilidade de reencontrar um mestre emancipador, Prof° Dr° Danilo Di Manno de Almeida.
Quando entrei no edifício, recebi a notícia de falecimento do professor Danilo. Tristeza, até então, impensável para mim e todos aqueles que foram ou eram seus alunos, dor inconsolável para seus filhos e esposa, perda irreparável para todos os que poderiam, mais do que aprender, compreender o real e concreto sentido de ética, autoconhecimento, emancipação e subjetividade.
Fiz parte da história do professor Danilo como mestre, orientador e idealizador de uma educação emancipadora, capaz de acabar com a tradicional ideia de que o conhecimento é fruto das sábias explicações dos bons professores e da inteligência de poucos alunos.
Professor Danilo nunca foi “explicador”, jamais ofereceu respostas prontas, pois sabia o mal que poderia causar com tal atitude. Ao contrário, aguçava nossa curiosidade e nos apontava o caminho da busca pelo conhecimento, sem se ausentar.
Ainda que não percebêssemos, ele estava por perto. Buscando a cada dia, novas maneiras de ensinar com o objetivo de garantir que seus alunos, igualmente, sem nenhuma distinção, compreendessem o quanto são capazes.
A certeza de que a capacidade de aprender é para poucos, passava a quilômetros de distância do professor Danilo que partiu, sem se deixar embrutecer ou se transformar no boneco cabeçudo (figura caricaturada, engraçada e provocativa sempre presente na prateleira de sua sala).
A vida é ironicamente e sarcasticamente fugaz, mas aquilo que se aprende e compreende com mestres como Di Manno, não tem absolutamente nada de efêmero ou passageiro. Perpetua e imortaliza pessoas raras e brilhantes como Danilo Di Manno de Almeida.
Estive em suas aulas. Desfrutei desta honra e sinto um orgulho tão grande por isso que a satisfação por ter sido sua aluna aplaca a saudade natural que se inicia.
Luciana Fernandes, emancipada pelo mestre Danilo.
Filha ao ler o seu texto, senti lágrimas nos olhos, pq sei da importância de um bom mestre, eu tive uma professora no primário (faz tempooooooo) o nome dela era dna Sumaia, com ela eu me sentia importante, realizada e aprendi muito.Pode ter a certeza que ele está em um bom lugar, e deve sentir o mesmo orgulho de ter sido orientador de vc e de outros que assim como vc, puderam ver a importancia de ter uma pessoa assim ao nosso lado.
ResponderExcluirLuciana!
ResponderExcluirFui aluna do Danilo no curso de Filosofia em 1999 e estagiária do Núcleo de Formação Cidadã em 2000 de onde saí em 2009 como profª univesitária na Metodista.
Danilo me provocou ao ponto de me fazer sonhar e crer na vida novamente... Sim somos emancipadas pelo eterno Danilo, que fica em cada uma de nós.
Amo você por ele.
Lucilia
lucililaura@gmail.com