segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Voltei

Passei algumas semanas longe do meu blog e da criação de novos textos e pensamentos porque viajei. Primeiro para o interior de São Paulo (Matão) onde sempre sou muito bem recebida pela família do meu marido e, logo em seguida, fomos para o litoral sul paulista (Peruíbe).
Descansei, me diverti bastante vendo a alegria dos meus filhos, e esgotei parte das minhas energias para acompanhar o ritmo frenético das crianças diante das novidades que as viagens oferecem.
Agora, parece que a rotina volta ao normal e como todo princípio de ano, 2011 chega questionando-me quais serão meus planos, desafios, sonhos a serem realizados e desejos para mais 365 dias que começam a se mostrar.
Bom, até alguns dias atrás fazia milhares de planos comuns, como tantas outras pessoas os fazem, como, cuidar mais da saúde, ser mais paciente, tolerante, ler muito mais, passar mais tempo com os verdadeiros amigos, dizer mais vezes algumas palavras mágicas (desculpe, obrigada, estarei sempre por perto, amo você, te admiro, etc.). Porém, as imprevisíveis e deliciosas surpresas desta vida alteraram todos os meus projetos.
Há alguns dias atrás ouvi certas “afirmações” de alguém quase que desconhecido. Este alguém fazia certas considerações sobre minha personalidade, meu convívio familiar e minha satisfação, felicidade e realização com relação a minha vida particular. Estranho? Imaginem qual foi minha surpresa diante de comentários que nem mesmo meus pais ousariam fazer, apesar de me conhecerem melhor do que sou capaz de me analisar!
Pois bem, vamos às confidências: Diante do olhar deturpado e preconceituoso, sou uma pessoa amarga, que finge ser feliz, incapaz de ser atenciosa e compreensiva com meu filho e detentora de regras e normas rígidas que de nada servem.
Aqueles que me conhecem devem imaginar como me senti, não é mesmo? Pois, enganam-se os que pensaram que minha reação foi de ataque ou imensa tristeza. Apenas respondi que existe uma linha tênue entre sinceridade e grosseria. Deveria ter acrescentado que seria prudente nos mantermos longe do desconhecido, afinal sou aquilo que não se conhece para esse alguém.
Pode parecer muito melancólico iniciar 2011 com “ataques”. Mas, acredite, não é! Esse acontecimento foi inspirador, quase que revelador e capaz de modificar parte dos meus planos para esse começo de tempo correspondente a uma revolução da Terra em torno do Sol.
Obriguei-me a acrescentar mais um desafio à minha lista de planos: ser compreensiva. Como poderia ser diferente? Estive diante de uma pessoa que apresentou um comportamento agressivo e prepotente com notável depreciação do outro.
Tal comportamento, segundo Carl Gustav Jung, encaixa-se no que o psicanalista analítico caracterizou como sentimento de superioridade. Um sintoma de que a pessoa não sabe como conviver com suas limitações e que em seu cerne sente-se inferior, por isso, a necessidade constante de depreciar outras pessoas como tentativa de se reafirmar aparentando superioridade. Essas pessoas, na verdade, apresentam forte sentimento de insegurança, medo de rejeição e autoestima bem reduzida.
O que posso sentir diante daquilo que vivi, das acusações infundadas e comentários visivelmente maldoso, senão compreensão?
Planos para o ano novo: Sejamos compreensivos!

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